terça-feira, 20 de maio de 2008

Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo

O que é uma tradução de título de filme?

É uma mensagem simplificada para o público brasileiro?
É uma versão mais apropriada comercialmente?
É uma adaptação de uma expressão que não tem tradução?

O título desse post (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo) é o nome de um filme que foi traduzido para o inglês como "the Good, the Bad and the Ugly". Essa tradução já não estava legal, até mudarem completamente na tradução para o português: "Três Homens em Conflito". “Três homens em conflito” ao invés de o bom o mau e o feio? Por quê (aliás, que filmaço esse)?

"Venho através desta" me posicionar no melhor estilo "Advogado do Diabo" a respeito, deixando os prós e contras expostos para você tirar sua própria conclusão (ou ficar mais confuso, hehehe):

Apelo comercial:
Ok, convenhamos, a indústria cinematográfica é antes de tudo... uma "indústria" (ou melhor dizendo, um comércio). Por isso e por ser um bom capitalista (Capitalism: an economic and social system in which individuals can maximize profits because they own the means of production), concordo em usarem títulos mais apelativos. Mas sem estragar tudo, né? Não precisa mudar "The Last House on the Left" para "Aniversário Macabro" nem "Mindwalk" para "Ponto de Mutação" podia ser outra coisa mais que tivesse a ver com o filme (no caso do Mindwalk, a tradução tenebrosa aconteceu no ato da tradução do livro).

Seria por que títulos traduzidos literalmente não causam impacto? O que você achou de "Três Solteirões e um Bebê", "Procurando Nemo", ou "Olha Quem Está Falando"? São ruins para você? Eu ahcei excelentes. Títulos fiéis e excelentes. A propósito, citei ali em cima "Advogado do diabo"... esse também está igual ao original "The Devil's Advocate". Você achou confuso ou pouco comercial? Eu não...

Explicativas ou adições nos títulos:
Casos de explicativa são, segundo alguns, uma necesessidade. O povo pode não entender do que se trata por pura ignorância. Segundo outros é um insulto à inteligência (ironicamente pelo mesmo motivo). Para esclarecer o que eu quero dizer com explicativas ao título original, vou dar alguns exemplos:
"Crash" -virou "Crash - No Limite" (Totalmente desnecessário, na minha opinião)
"Vera Drake" virou "O Segredo de Vera Drake" (ok, ficou mais digamos... misterioso; ou não...)
"Hurricane" virou "Hurricane - O Furacão" (ou traduz ou não traduz, repetir o inglês em português é que não dá mesmo!)
A clássica história "Moulin Rouge" virou "Moulin Rouge - Amor em Vermelho" (Sem comentários...)



Palavras difíceis, ou palavras em inglês:
Tá certo, aqui no Brasil se fala português, e eu adoro isso. Temos mais é que defender o nosso idioma; mas não é nenhum pecado manter um nome próprio na lingua original. "Beverly Hills Cop" virou "Um Tira da Pesada". Beverly Hills não é tão desconhecida ou compliaca assim... e "tira"? "da pesada"? que gírias mais "supimpas" não é, "broto"? Realmente "uma brasa"!

2 comentários por mim mesmo:
1) Tira começou ser usado em dublagens por causa da pronúncia da palavra original "cop". A palavra "Cop" é curta e rápida. Não dá pra sincronizar quando a personagem diz "cop" com a palavra "policial", a não ser que seja para um episódio de "Sucker and Fucker" do Casseta e Planeta. Logo os dubladores começaram a usar nos filmes uma gíria que era utilizada entre os policiais federais do Brasil: "Tira". Isso mesmo! Essa palavra existe (ou pelo menos existiu), mas ainda assim, é estranho. Porque ninguém fala "tira"!

2) "Da pesada" não tem desculpa mesmo... só posso descrever como uma expressão "boa pra dedel" ou "nos trinques" (!!!)

Convenhamos. Qualquer pessoa hoje em dia fala nomes de atores e atrizes americanos, até na mídia voltada para o povão tipo revista "Tititi" ou "Programa do Ratinho".

E nas músicas? ninguém canta refrão mais? O mano aí não foi no show do Black Eyed Peas? nem conhece o Snoopy Dog? Mesmo que pronuncie errado conhece sim, não me venha com essa história de que você fala "Rato" ao invés de mouse porque não fala; ou que é difícil demais pro público brasileiro falar um nome de filme com uma palavrinha ou outra em inglês.

P.S.: Pros manos leitores, sabia que FuBu, aquela marca das calças largas significa “For Us, By Us” (por nós, para nós)

Fidelidade à obra artística:
A sétima arte, ah o cinema... As obras cinematográficas podem ser alteradas para facilitar a apreciação ou não? Uma explicativa pode estragar o suspense, ou o mistério. O que você diria se eu decidisse mudar um quadro do Pablo Picasso para que fique mais fácil de entender que a figura "distorcida" representa uma mulher? Como ficaria o Guernica "traduzido" para o público simplório? É claro que estamos falando de extremos, um filme é voltado para as massas, um quadro de Picasso não... Talvez o problema aqui seja a galinha e não o ovo: quero dizer, talvez o cinema já não seja mais arte. Um caso a se pensar...

"Que vergonha"
E quando o título faz o filme parecer bobo, ou pornográfico? O que você diria de um filme chamado "O Guru do Sexo" e "Mata-me de prazer" (duas comédias) ou "Garotas Selvagens" (teoricamente um filme de ação)? Não são pornográficos, mas vi um forum destes da internet em que o cara tiha até vergonha de levar esses filmes pra casa hahahahaha!


Outros esquisitões:
Férias do barulho - Private Resort ("do barulho"?)
Katie - Uma Garota da Pesada - born to be wild (esse ao invés de traduzir para o português adicionou um nome americano. tsc... tsc...)


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É cara, a vida não é fácil não, se você acha que a vida é fácil, tá enganado...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Boatos de bar

Hoje no Brasil estima-se que existem mais de 12 bilhões de garrafas de 630ml (os chamados "cascos")
aproximadamente 98% são de cerveja, já que os refrigerantes são, na sua maioria engarrafados em garrafas PET.

Há mais de 100 anos as garrafas de cerveja são compartilhadas entre as empresas. Mas hoje a AMBEV está construindo uma fábrica no melhor estilo "verticalização da produção" que muito provavelmente vai colocar seu nome nas garrafas. E estas garrafas serão utilizadas nas cervejas SKOL, Brama e Antártica.
Se a AMBEV Grafar seu nome nestas garrafas, as outras marcas não poderão utilizá-las. Por isso a associação de fabricantes de bebidas pediu ao órgão competente uma investigação sobre abuso de concorrência neste mercado.

Independente de investigações, a gigante do mercado pretende inaugurar a fábrica agora no mês de Abril em Campo Grande, RJ.

Onde você entra nisso tudo?

Assim: concentração de poder em uma marca = menor competitividade e uma divergência nos preços que pode levar a uma desestabilização do mercado da nossa sagrada cervejinha da sexta feira. Fique por dentro!
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quarta-feira, 26 de março de 2008

Amada língua portuguesa: "Forçar a barra"

1 - Manobra naval bastante perigosa que consiste em aproveitar a onda mais forte da série para passarem as perigosas barras que fecham a entrada a muitos portos.
(fonte WordReference.com)

2 - "...em meados de Agosto de 1710, Jean-François Duclerc, no comando de seis navios e cerca de 1 200 homens, surgiu na barra da baía de Guanabara hasteando pavilhões ingleses como disfarce. As autoridades no Rio de Janeiro, alertadas pela Metrópole, já aguardavam a vinda do corsário francês, razão pela qual o fogo combinado da Fortaleza de Santa Cruz da Barra e da Fortaleza de São João repeliu a frota que tentava forçar a barra.
(fonte: "Visite o Brasil" Capítulo entitulado "Invasão Francesa")

Sabendo-se através do dicionário Michaelis que barra é sinônimo de Orla, a expressão "forçar a barra" tem sua origem mais clara e seu significado mais eloquente através das definições acima.

Fica claro também, através de uma leitura mais demorada da segunda fonte, que os franceses foram repelidos inúmeras vezes do Brasil, principalmente no Rio de janeiro e no Maranhão. Um dos eventos mais memoráveis, foi o rechaçamento de aproximadamente 400 soldados franceses por estudantes do colégio jesuíta em batalha travada na praça XV de novembro , cidade do Rio de Janeiro.
Depois de tantas tentativas frustradas de ursurpar a nossa costa, foi desenvolvida a manobra de forçar a barra, que teve um pouco mais de êxito (infelizmente).


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terça-feira, 25 de março de 2008

Adaptado de um artigo do Stephen K.

Por motivo de força maior (ou simplesmente por que eu estava a fim) suprimi algumas referências. De resto, é a idéia do autor aplicada aos relacionamentos por aí afora. Nem vem, nem pergunte, não é nada pessoal, eu to bem, to feliz e ponto. Só acho que colocar esse texto aqui após suprimir algumas referências era necessário para que as pessoas vislumbrassem essa outra abordagem a relacionamentos.

Recentemente, vi um filme em que o mocinho terminava o namoro dizendo "vou sempre amar você", como se fosse um prêmio de consolação. Hoje, promete-se amar o outro (ou a outra) até o dia em que alguém mais interessante apareça. "Eu amarei você para sempre" deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro (ou... a outra).

Veja o exemplo: antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro. A chance de você encontrar sua alma gêmea nesse curto período de pesquisa era de somente 10%, enquanto 90% das mulheres e homens de sua vida você iria conhecer provavelmente já depois de casado. Estatisticamente, o homem ou a mulher "ideal" para você aparecerá somente, de fato, depois do casamento, não antes. Isso significa que provavelmente seu "verdadeiro amor" estará no grupo que você ainda não conhece, e não no grupinho de cerca de noventa amigos da adolescência, do qual saiu seu par. E aí, o que fazer? Separar-se também dos filhos, só porque deu azar? O relacionamento sério foi feito para resolver justamente esse problema. Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas.

As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, preenchem essa incerteza, sem a qual ficaríamos todos paralisados à espera de mais informação. Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: "Eu sei que nós dois vamos viver até os 80 e poucos anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei dezenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É justamente por isso que prometo estar com você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais que surgirão em meu futuro. Não quero ficar morrendo de ciúme cada vez que você conversar com um homem sensual nem ficar preocupado com o futuro de nosso relacionamento. Nem você vai querer ficar preocupada cada vez que eu conversar com uma mulher provocante. Prometo amar você para sempre, para que possamos nos casar e viver em harmonia". Homens e mulheres que conheceram alguém "melhor" e acham agora que cometeram enorme erro quando se casaram com o atual cônjuge esqueceram a premissa básica e o espírito da coisa.

O objetivo não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem está com você. Um dia vocês terão filhos e ao colocá-los na cama dirão que irão amá-los para sempre. Não conheço pais que pensam em trocar os filhos pelos filhos mais comportados do vizinho. Não conheço filho que aceite, de início, a separação dos pais e, quando estes se separam, não sonhe com a reconciliação da família. Nem conheço filho que queira trocar os pais por outros "melhores". Eles aprendem a conviver com os pais que têm.

O que é importante é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia-a-dia de forma construtiva, o que muitos casais não aprendem, e alguns nem tentam aprender. Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, ou se fizeram propaganda enganosa, a situação muda. Para aqueles que querem ter vantagem em tudo na vida, talvez a saída seja postergar qualquer relação para os 80 anos. Aí, você terá certeza de tudo.




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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Você se acha esperto agora?

Se você leu o artigo "você acha que não é um otário" com a "denúncia" ou desabafo" do Jabor, E ficou inflamado imediatamente contra o governo... veja só você que ainda tem um terceiro lado da moeda a ser considerado.

Enviado aqui para o Cuca Fundida pelo Casa Forte...



Apenas dois detalhes não mencionados pelo Sr. Jabor
(que considera que pra todos os problemas do mundo, a
única solução é derrubar o Lula):

1 - A lei que aprova esse sistema de ressarcimento
entrou em vigor em 2001 e foi de autoria do Sr Aécio
Neves (PSDB)
2 - O deputado que mais utilizou esse sistema foi o Sr
Francisco Rodrigues (PFL-RR), que sozinho gastou em
um mês mais de R$ 60.000,00 em combustível.

Agora me expliquem: Nesse caso, onde estão os citados
"Canalhas" do PT? (esse idiota do Jabor merece ser
processado mesmo... pena que não vira em nada, pois
existe a rede globo bancando os melhores advogados do
Brasil)


Porque o cuca fundida é o seu canal de discussão de política... também...
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É cara, a vida não é fácil não, se você acha que a vida é fácil, tá enganado...

E abaixo os escolhidos a dedo...